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terça-feira, 26 de abril de 2016

Fisioterapia em Emergência



Hoje vou falar sobre Fisioterapia em Emergência que é um tema não tão novo, mas a mesmo tempo pode ser dizer novo em relação a profissão.

A Fisioterapia em Emergência no Mundo já é uma realidade, porém sua atuação é muito mais em pacientes com dores lombares ou outras afecções motoras, o que é o inverso no Brasil onde a emergência se concentra nas terapias respiratórias, ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Isso ocorre devido a atuação no Brasil ser diferente do Mundo, pois somos teoricamente um Terapeuta Respiratório e Motor ao mesmo tempo. Assim nosso foco de atuação em PS se diferencia dos demais Países.

Hoje vamos citar um estudo Brasileiro que teve como objetivo avaliar a frequência dos atendimento da Fisioterapia na Emergência do Hospital São Paulo da Unifesp de caráter prospectivo, transversal e observacional realizado no período de 2009. Um detalhe é que o perfil de pacientes acompanhados pela Fisioterapia eram cardíacos e pulmonares.

Foram avaliados 192 pacientes onde os diagnósticos mais frequentes eram precordialgia em 35 (18%) casos, pneumonia em 29 (15%) casos e Insuficiência cardíaca congestiva descompensada em 20 (10%) casos.

Outro ponto interessantes é que a maioria dos pacientes totalizando 64% ficaram por menos de 24 horas na sala de emergência.

E em relação as condutas os números foram: 77 pacientes (40%) necessitaram de oxigenoterapia, 24 (12,5%) de ventilação mecânica invasiva, 34 (18%) utilizaram ventilação não-invasiva, 50 pacientes (26%) realizaram fisioterapia respiratória, 83 (43%) não realizaram nenhum procedimento
de fisioterapia e 30 (15,5%) foram submetidos à intubação orotraqueal.


E sobre o desfecho destes pacientes: 35% foram transferidos para a UTI, 29%, para a enfermaria, 25% tiveram alta hospitalar e 11% foram a óbito.

Nós já temos dados conclusivos na literatura que VNI diminui internação e mortalidade em algumas doenças, assim o Fisioterapeuta é o responsável no Brasil pela condução da VNI, assim nossa presença e tornaria essencial neste setor.

Outros procedimentos como terapias de reexpansão pulmonar, higiene brônquica também poderão beneficiar nosso pacientes, portanto o Fisioterapeuta quase sempre é chamado para se deslocar no PS para realizar abordagem como VNI, higiene brônquica, ajustes ventilatórios, entre outros, assim nada mais justo termos uma equipe de Fisioterapeutas Emergêncistas, o que é muito mais efetivo do que ficar deslocando o profissional de outro setor.

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